A acupuntura (do latim acus – agulha e punctura – colocação) é uma especialidade da medicina tradicional chinesa e, de acordo com a nova terminologia da OMS – Organização Mundial da Saúde, um método de tratamento complementar.
O tratamento acupunterápico consiste no diagnóstico baseado na Medicina Tradicional Chinesa e na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo, chamados de “Pontos de Acupuntura” ou “Acupontos” que se distribuem principalmente sobre linhas chamadas “meridianos” e “canais” a fim de obter-se diferentes efeitos terapêuticos. Os pontos da acupuntura, do shiatsu, da mosha e do do-in são chakras secundários, que têm relação direta com o funcionamento dos órgãos
O raciocínio que se desenvolve na verificação e tratamento dos problemas práticos apresentados nos consultórios é baseado no tao (equilíbrio entre yin e yang), o fluxo de chi (a grosso modo traduzido como energia vital) e xué (a grosso modo traduzido como sangue), zang (traduzido como órgão por inexistência de palavra adequada) e fu (literalmente oco, mas geralmente traduzido como víscera).
A prática da acupuntura chegou ao Brasil em 1908 pelas mãos dos imigrantes japoneses, todavia permaneceu em âmbito familiar e local (nas colônias japonesas) até meados da década de 80, quando ainda era foco de preconceito, apontada ao lado de casos de charlatanismo e esoterismo.
À medida que ganhou usuários, a acupuntura passou a ter sua eficácia reconhecida pela opinião pública em geral e por diversos conselhos profissionais da área de saúde, sendo o primeiro deles o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapias Ocupacionais, em 1985, e o mais recente o de Medicina, em 1995.
Em duas décadas, os atendimentos com acupuntura praticamente quintuplicaram na rede pública de saúde do Distrito Federal. Em 1991, foram feitos cerca de 4800 atendimentos. Em 2011 esse número elevou-se para 23.300. Hoje, essa a Secretaria de Saúde conta com 16 especialistas nesse tratamento que é oferecido em 12 unidades do Distrito Federal.
Mas, foi no estado de São Paulo que a quantidade de aplicações de acupuntura em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) teve o crescimento mais espetacular, atingindo 567% de 2007 a 2011. Em 2011 houve 264,4 mil aplicações da técnica nos serviços públicos do estado, ante 39,6 mil em 2007.
Alguns dos fatores apontados para esse crescimento são o custo das sessões que não é tão elevado em relação, por exemplo, a alguns medicamentos de alto custo para dor crônica e os poucos efeitos colaterais. A acupuntura acaba sendo uma técnica segura, eficaz e de custo relativamente baixo.
A eficácia da acupuntura tem bastante respaldo na literatura médica para o tratamento da dor, vômito, distúrbios do sono (insônia) e da ansiedade, lombalgias, hérnias de disco, enxaquecas, artrites, dormência de pés e mãos.
Para saber mais
Experiências Fora do Corpo – Fundamentos
EAC – Escola de Autopesquisa da Consciência